A escrita linear foi predominante para o pensamento moderno, associando-se, em grande parte, à reflexão crítica e à literatura. Em todo esse cadinho cultural, a busca pela expressão humana mais verdadeira dava o tom. Paulatinamente, a colaboração com as máquinas foi alterando essa aspiração e, além disso, trazendo para nós formas literárias que exploravam a simultaneidade e o imediatismo. A questão do tempo, da afetividade e da falibilidade de homens e de mulheres parece, cada vez mais, perder espaço para as utopias totalizantes do digital. Mas, mesmo que com outra face e com outras demandas, as máquinas de hoje ainda somos nós.